Contar histórias faz parte de nossas vidas desde o momento em que nascemos... encantar com histórias deve fazer parte da vida do professor e do educador... desenvolver habilidades literárias deve fazer parte de qualquer idade, lugar, espaço ou tempo... É assim que o Marista Paranaense pensa suas histórias, trilha seus encantamentos e proporciona o desenvolvimento de habilidades, dedicando aos seus alunos, às mais diversas experiências de vida para a vida!
Falando em vida, convidamos para entrar em cena no ano de 2011 José Bento Renato Monteiro Lobato um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX. Será um dos professores das nossas salas de aula, o grande indicador em nossa biblioteca, o personagem principal do nosso teatro, o cozinheiro mais experiente de nossa cozinha e o convidado de nossas famílias, para que a essência da literatura clássica, infantil, fantasista, entusiasta volte a fazer parte de uma geração que vive no século XXI, mas que tem raízes profícuas com esta grande história do Sítio do Pica Pau Amarelo. Os alunos serão levados a criar e recriar suas histórias de vida pela proposta de leitura, que oferecerá um caminho recheado de riquezas e lembranças, abraços e pó mágico, como o pirlimpimpim da Emília, a sapiência do Visconde e o carinho da Dona Benta, sem esquecer da dedicação da Tia Nastácia...
A proposta sociointeracionista nos impulsiona a vivenciar de modo prático e fortalecedor as linhas da paixão rumo ao caminho acolhedor do cotidiano. Pensando nos aspectos da aprendizagem significativa, no olhar múltiplo de linguagens, de significação e ressignificação acolhemos com prazer o Projeto Biblioconexões que aponta a interdisciplinaridade como seu ponto forte, prioriza a arte e a linguagem, o fazer e o acontecer para que as ações críticas, conscientes sejam determinadas por alunos potencialmente criativos e articulados.
A literatura oferecida por Monteiro Lobato traz eixos importantes e fundamentais na construção de linguagens literárias a fim de dinamizar o processo de desenvolvimento da leitura, da escrita e da motivação para tudo isto. Formar um leitor-produtor é algo de competência específica, que visualiza qualificar o trabalho desenvolvido com leituras no espaço escolar. No entanto o mundo real nos faz perceber o caminho virtuoso do qual fazemos parte. A música, a dança, a culinária, a arte, a inventividade da vida nos faz procurar e almejar sentidos diferentes para os nossos alunos, que serão os multiplicadores dessa aprendizagem, que se transformará em ensino e depois novamente em aprendizagem por meio das linguagens e produções. Com estes objetivos os projetos serão transdisciplinares, interdisciplinares e multidisciplinares, termos que nos remetem a reflexão da arte de educar e transmitir, receber e conceber.
Estes termos objetivam o alinhamento dos projetos de leitura.
A multidisciplinaridade desenvolve uma justaposição das disciplinas cada uma cooperando dentro do seu saber, assim como a interdisciplinaridade, segundo Saviani (Saviani, 2003) é indispensável para a implantação de um processo inteligente de construção do currículo de sala de aula – informal, realístico e integrado, bem como a transdisciplinaridade que aborda e atravessa as fronteiras epistemológicas de cada ciência, praticando o diálogo dos saberes.
Assim, traduzir a dinâmica da leitura e da escrita com esta interação é o meio pelo qual produziremos novas perspectivas de abordagem literária conseguindo formar um aluno leitor e produtor.
Professora Claudia Martins de Souza
